sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Relatos de Uma Semana Viajante



Não, o título não está errado.

Essa "primeira semana" de processo nos fez viajar por muitos lugares, momentos e sentidos. Teve riso, teve choro, teve saudade, teve discussão, mas acima de tudo somaram-se ideias e mais ideias para o nosso espetáculo.

Já começamos com algumas motivações que foram dadas anteriormente. Nossos 3 personagens (Um certo Tom, uma certa Tarsila e uma certa Cecília), um espaço (o quintal) e o tempo (Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera). Dentro dessas possibilidades cada um dos atores deveria desenvolver um pré-roteiro para o espetáculos e trazer pequenas obras de inspiração (Tom traria a música, Tarsila imagens e Cecília poemas).

E tudo foi muito interessante, até que nossa Diredeusa Letícia nos lembrou o nome do espetáculo, e que, apesar de todas as músicas, imagens e poemas serem lindos, a obra deveria falar sobre Amigos e Infância. Continuamos com nossas inspirações, mas focando em encontrar aquela amizade de criança, mais pura e sincera, aqueles amigos que fazemos sem motivo aparente, aqueles amigos que são amigos e... não sabemos o porquê.

Foram tantas lembranças e brilhos nos olhos que caberiam facilmente em um livro. Brincar na rua, se sujar de lama pra depois tomar banho de mangueira, roubar o sorveteiro, rodar até ficar tonto, queimar uma casa, catar piolho, não saber falar a letra S. Mas existe uma coisa ainda mais importante que essas lembranças em si, é o brilho nos olhos que elas trazem quando as contamos. Um brilho necessário durante todo o processo, necessário na equipe técnica, nos atores e no público. Brilho esse que surge inevitavelmente quando somos criança e quando falamos de uma infância. Brilho esse que não pode ser fingido, deve ser vivido. Brilho esse que está dentro de todos nós.

Todos os espetáculos da Cia. do Abração são pensados para todas as idades, porém, alguns são processos gozosos, e outros dolorosos, e nos lembramos que este processo especificamente é um processo gozoso, e deve permanecer forte na nossa alma de criança.

Fechamos as ideias da semana querendo mais, terminamos todas as nossas reuniões querendo continuar, e que o nosso processo continue assim, com vontade de mais, motivados por essa mesma paixão que deve culminar num amor inexplicável.

Como diria uma tal Cecília:

"A vida só é possível
reinventada."

4 comentários:

  1. Isso mesmo João...nossos olhos já começaram a brilhar e os sentimentos estão vindo à tona com mais verdade. Esse espetáculo vai ser lindo!!!!!!

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  2. Amigos sempre adoram colocar apelido na gente... uma vez na escola me chamaram de Abaporu... fiquei com muita raiva, que nome estranho! Porque Abaporu, porque??? Aí decidi falar pra minha professora, minha professora preferida, minha professora de ARTES!!!! Eu estava com muita muita muita raiva dos meus amigos... mas quando contei pra professora, sabe o que ela fez? Riu!!! Riu muito!!!! Naquela hora eu fiquei muito chateado com ela também... onde já se viu rir de uma tragédia dessa??? Nesse dia, voltei pra casa muito triste, me sentindo um PERDEDOR... mas não falei pra ninguém em casa, pois não queria que ninguém mais risse de mim...
    No dia seguinte na escola, a primeira coisa que ouvi foi: ABAPORU!!!! Comecei a chorar... e entrei na sala de aula. Pra minha surpresa, naquele dia tive aula de artes... Na aula a professora levou uma pintura muito bonita e engraçada... era um homem com um baita pezão! Na hora me identifiquei, pois sempre tive um pezão... Daí a professora falou o nome da pintura "Abaporu!" Aí eu entendi tudo! Todos riram de mim, só porque tenho um pé grande, me senti novamente um PERDEDOR... Depois de um recreio barulhento (todos me chamavam de Abaporu) tivemos aula de educação física... Atletismo! Adivinha o que aconteceu? Eu ganhei todas as corridas... virei um CAMPEÃO! Depois disso, me orgulhei do meu pezão e do meu aPÉlido: Abaporu!!!

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  3. hahahaha improviso de história.... sou PÉssimo na escrita.... mas valeu a tentativa....

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